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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O 18 BRUMÁRIO DE LUIS BONAPARTE E O “PMDB DE ANDERSON ADAUTO”. ILUSÃO E APARÊNCIA? OU MERA COINCIDÊNCIA?

O texto “O 18 Brumário de Luís Bonaparte” foi publicado por Karl Marx, em 1852 e descreve um golpe de Estado recém-ocorrido na época, na França, por Carlos Luís Napoleão Bonaparte (Napoleão III); assim como fez 48 anos antes, seu Tio, o Grande Napoleão Bonaparte.

Essa “coincidência” ou “repetição” de Napoleões no poder, inspirou MARX (1851-1852, cap. I, p. 03) a elaborar certas reflexões quanto à análise científica da realidade, considerando a afirmativa de Hegel, onde “os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem duas vezes; todavia, acrescentando que a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

Aliás, o que Marx fez nesta obra de mais revolucionário foi perceber:

Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. 
(MARX, 1851-1852)


Explicando melhor, (CARLOS, 2006) apesar de serem atores da história, as pessoas só são capazes de agir nos limites que a realidade impõe, através das condições; e não, baseadas em desejos ou meros caprichos e atos individuais. E quiçá, seja o maior erro cometido pelo Alcaide, ignorar a realidade concreta.

Desta forma, utilizaremos a mesma metodologia, isto é, a concepção materialista da história, para correlacionar a “cena política” e comentar, ainda em tempo, sobre a tentativa frustrada de o atual Prefeito dominar o PMDB de Uberaba e “lançar” o seu candidato neste processo eleitoral.

Outrossim, continuando nossa argumentação, o genial autor considera a “cena política” nas sociedades capitalistas, como um espaço de luta entre partidos e organizações, uma espécie de superestrutura. Seria como fosse uma realidade superficial, enganosa (BOITO Jr., 2002) e deve ser desmistificada e desmascarada no intuito de acessar-se a realidade profunda encoberta pelas aparências e ilusões. Contudo, a análise científica social elucidaria os reais interesses, conflitos e pretensões. E também talvez, seria o segundo maior erro do atual Chefe do Executivo, acreditar em sua própria fantasia.

Retomando o caso concreto, conforme já mencionado, ignorar a realidade concreta e suas condições, em favor de uma “cena política” (na concepção de Marx nas sociedades capitalistas), onde o Senhor Prefeito criou uma estrutura artificial em seu partido (na época, o PMDB), atribuindo uma superestrutura paralela à realidade profunda, desconsiderando seus estatutos, regimentos, realizando uma Convenção Eleitoral fictícia, de aparências, confundindo os eleitores com o seu candidato/secretário; e principalmente, atropelando suas principais lideranças locais, especialmente, o Deputado Paulo Piau e o Vereador Tony Carlos, foram equívocos irreversíveis.

Esse exercício de desmascaramento não é uma imputação coercitiva, é resultado da conclusão decorrente da análise do discurso e da prática política no cotidiano. A realidade superficial está subordinada à realidade profunda, que independe das vontades. Ademais, nesta dialética entre realidade superficial e realidade profunda, um dos principais personagens nestas eleições, fracassou porque o fundo do problema não seria apenas convencer seus aliados e a maioria dos partidos da base de sustentação de seu Governo quanto à sua cena política; e sim, a impossibilidade de conciliar seus interesses individuais e intenções com esses principais partidos (destacando particularmente: o PR e o PCdoB).

Enfim, igualmente como Marx observou, servindo de uma metáfora teatral; assim como Napoleão III, Anderson Adauto agora usa a candidatura do PT, tenta construir sua imagem de grande super-herói; contudo, devendo temer o desenrolar desta encenação teatral como um ato e entreato trágico, dramático ou até mesmo cômico.

REFERÊNCIAS:

BOITO JR, Armando. Cena política e interesse de classe na sociedade capitalista – comentário em comemoração ao sesquicentenário da publicação de O Dezoito Brumário de Luis Bonaparte. Revista Crítica Marxista Brasil. Volume 15. UNICAMP. Campinas/SP. 2002.

CARLOS, Cássio Starling. O 18 Brumário de Luís Bonaparte: A discreta farsa da burguesia. São Paulo, 2006.

MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. Tradução revista por Leandro Konder. Traduzido do original inglês The eighteenth Brumaire of Louis Bonaparte. 1851-1852.

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