FACEBOOK!

FACEBOOK!
SEJAM BEM-VINDOS!!! Acessem também meu FACEBOOK! (Cliquem na minha figura!)

Quem sou eu:

Minha foto
Professor. Mestre e Doutorando em Educação. Amante da Família e dos amigos verdadeiros! Idealizador do movimento "O tempo não pode parar!" Site: www.professorzuzu.com

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pesquisa com Cuidadores de Idosos mostra que falta Capacitação.

Graziela Félix Cornélio desenvolveu o trabalho de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) orientado pela professora Ilda de Godoy.
 
A maioria das pessoas não gostaria de ver um parente seu, após atingir a terceira idade, vivendo longe da família, ainda que seja em uma instituição especializada. Mas como em alguns casos essa situação é inadiável, o que se espera é que as pessoas designadas para cuidar do idoso reúna todas as condições para desempenhar a função.
E será que é sempre assim? Foi essa a resposta que o trabalho de mestrado da enfermeira Graziela Félix Cornélio, desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) orientado pela  professora Ilda de Godoy,  estudou. Ela pesquisou nove instituições de Botucatu que cuidam de idosos e são cadastradas na Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde.
Entre outros fatores, foi analisada a formação e o conhecimento dos cuidadores, o processo de gerenciamento dos recursos da unidade, a quantidade de profissionais disponíveis e até as dificuldades quanto ao cuidado oferecido aos usuários do serviço. Um levantamento de 2010 feito em instituições brasileiras mostra que a maior parte dos gastos em instituições que cuidam de idosos é com recursos humanos.
Foram feitas entrevistas com os cuidadores, responsáveis técnicos e coordenadores das instituições. Após meses de investigação, Graziela chegou a algumas conclusões, como: 58,1% dos cuidadores tinham formação na área da saúde  - entretanto poucas instituições usam esse critério como principal na hora da contratação -  e somente 9,3% tinham cursos específicos para o atendimento a idosos (34,9% tinham o primeiro grau incompleto). “Percebi, ainda, que há dificuldades com as condições e organização do trabalho; falta quantidade de recursos humanos e também há falta de habilidade técnica e psicológica dos trabalhadores para cuidar dos idosos”, comenta a autora da pesquisa.
Uma constatação que surpreendeu a pesquisadora é que, durante as conversas com os cuidadores, a capacitação não foi apontada como prioridade. “A maioria dos funcionários das instituições por onde passei procurou esse serviço por necessidade financeira”, afirma Graziela
Segundo a enfermeira, foi possível identificar que muitos cuidadores enxergam os idosos com base em alguns mitos e estereótipos. Eles são classificados, conforme a pesquisa, como inativos, improdutivos, rígidos, inflexíveis e sem vida sexual. “Os cuidadores acham que por ser idosa a pessoa necessariamente tem incontinência urinária e que devem usar tom de voz alto para falar com eles, sendo que nem  todos têm deficiência auditiva”, acrescenta a enfermeira.
O outro lado
A pesquisa de Graziela também analisou as limitações enfrentadas pelos responsáveis técnicos e coordenadores nas instituições. Como mais citadas apareceram as dificuldades para encaminhar ou receber os idosos de outros serviços; demora no atendimento; número insuficiente de recursos humanos e materiais com necessidade de doações para a unidade e falta de apoio público e da família. “Muitos me disseram que os familiares são radicais, cobram demais ou abandonam o idoso. No entanto, os responsáveis e coordenadores também não capacitam os cuidadores de forma sistemática e permanente”, declara.
A autora do trabalho conclui que só uma boa formação na área da saúde pode facilitar a compreensão sobre o processo de envelhecimento. Para ela, os temas contidos no conteúdo de geriatria precisam ser expandidos para os cursos oferecidos aos profissionais da área. “Também pude identificar que não é mais o abandono que faz a maioria dos idosos irem parar nessas instituições, mas sim a falta de estrutura da família para cuidar deles. Também não são apenas idosos sem  família que passam por isso. Os serviços precisam estar preparados para receber os usuários. A maioria deles não oferece opções de lazer e a maior parte dos idosos nestas instituições era dependente total, sendo necessária uma seleção mais criteriosa dos cuidadores”, pontua.
Graziela sugere que os cuidadores de idosos sejam capacitados por equipes multidisciplinares, através de parcerias com universidades por meio de projetos de extensão, por exemplo. “As instituições precisam oferecer atividades de capacitação permanente aos cuidadores com intermédio de entidades e órgãos envolvidos  no cuidado ao idoso e estes trabalhadores não podem trabalhar sobrecarregados; têm que ter suas necessidades ouvidas. É necessário oferecer atividades de lazer tanto aos idosos como para os cuidadores. Disso depende a qualidade da assistência oferecida”, cita ela, que pretende, com base nesses e outros resultados da pesquisa, propor projetos para auxiliar as instituições botucatuenses.
Leandro Rocha
Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp e HCFMB
FONTE: SITE DA UNESP - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU.
______________________________________________________
PS. A pesquisadora é minha inteligente irmã, que defendeu sua tese de Mestrado, em setembro de 2010, aplaudida com louvor, na ocasião. O estudo, em discussão, tem resultado importantes conclusões e "frutos" na busca pelas melhorias na saúde do homem, especialmente, na terceira idade. Espero que gostem e possam usufruir de sua relevante utilidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário